E ninguém acredita…

Por Nathália DePaulla.

Tia Paulinha, obrigada por TUDO.

Nunca acreditei em ninguém também. Sempre acho que pessoas alegam uma mudança que na verdade não acontece e que não faz diferença nenhuma. Considero chilique, considero algo que fazem somente para chamar atenção, mas fizemos. Eu nem lembro de quem éramos antes, nem lembro das angústias e problemas que nos fizeram errar, mas tenho viva a memória de quem prometemos ser quando tudo apertou a garganta e nos fez chorar até dizer “chega, acabou”.

Será que levam em consideração o nosso foda-se para todo mundo? Será que entenderam que dessa vez ninguém vai se meter e que opiniões e atitudes invasivas serão ignoradas? Será mesmo que entenderam que nosso mundo não pertence a mais ninguém?

“- Ninguém sabe o que se passa entre a gente e muito menos o que a gente conversa no nosso espaço.”

Eu também acho! E concordo com o que você disse… E é por isso mesmo que eu aceitei esse mundo só nosso, que mesmo aparentemente estranho, paralelo e confuso é SÓ NOSSO. Queremos mais que se cansem de falar e gritar os que não acreditam e que tentam interferir. Você se livrou de muita coisa inútil e pesada na sua vida, eu também. Pessoas são pesadas e inúteis, as vezes… E quando a gente encontra esse erro e esse peso as coisas se tornam mais fáceis. Engraçado, não? Mas é engraçado e incrivelmente bom quando esse peso se torna leve e reciclável como fizemos. Você mais que eu, me sinto tão orgulhosa de você!

Não somos manipuláveis, não somos vendidos como tantos acham que somos… Somos somente políticos a ponto de sair de situações esdrúxulas sem que ninguém perceba que também jogamos. Talvez “estamos crescidos”, talvez não, mas isso é problema nosso. Quem sabe aprendemos a peneirar informações como diria a sua (nossa! minha!) tia Paulinha? Quem sabe aprendemos a escutar sem escutar e colocamos todas essas informações ruins bem longe de nós a ponto de isso não nos machucar ou interferir mais?

Você é um moleque covarde aos olhos de alguns anexos familiares, eu sou apenas uma patricinha sem conteúdo que chegou somente para atrapalhar. Mas é isso mesmo que vemos quando nos olhamos? É isso que encontramos no nosso sorriso sincero quase invisível aos outros quando estamos sozinhos? É isso mesmo que passamos um ao outro quando um problema chega e um só consegue correr para o outro mesmo com uma situação ruim instalada?  Não, não é… E essa conexão, essa força, essa coisa que não poderia ser criada com mais ninguém que se torna tão forte que chega a incomodar no peito. No nosso não, mas no dos outros que torcem para que isso não seja tão concreto, sim.

Que nos desculpem, mas é SIM concreto. Ninguém aqui fala em “para sempre”, ninguém fala em eterno… Falamos somente em “o que queremos agora”, e se queremos, fodam-se de novo os que não querem. Combinamos em não ligar para isso, combinamos em não deixar mais ninguém entrar. Eu mantenho a minha promessa, você também. E que seja perfeito, seguro e gostoso enquanto durar.

E daí se ninguém acredita?

Eu acredito e você também. Feito.

Não adianta, isso é SÓ nosso...

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